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Tecnologia e Inovações Portuguesas

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Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:32 pm

NDrive lança o telemóvel S300 com tecnologia portuguesa

Tecnologia e Inovações Portuguesas Ndrive10

A empresa portuguesa NDrive lançou hoje o telefone móvel NDrive Phone S300, com tecnologia desenvolvida em Portugal e que tem disponível sistema de navegação GPS, mapas de Portugal e sistema operativo Windows Mobile 6.

João Neto e Eduardo Carqueja, administradores da empresa, afirmaram hoje em conferência de imprensa que este é o primeiro telemóvel português com desenvolvimento tecnológico em Portugal, estando a sua produção a ser feita na China.

Para os responsáveis, o telemóvel tem um preço competitivo (399 euros) a nível internacional, comparando-o com outros telefones com características semelhantes.

João Neto adiantou que o NDrive Phone S300 vai estar a ser vendido no mercado português esta semana.

Só no próximo mês será lançado em Espanha e posteriormente em França e Itália, países onde os responsáveis da NDrive afirmaram ter feito contactos e ter recebido uma boa receptividade aos seus produtos.

O telefone utiliza tecnologia de segunda geração móvel, tem sistema operativo Windows Mobile 6 com Push Email, conectividade por Bluetooth 2,0 e Wifi (banda larga móvel); inclui aplicações profissionais Word, Excel e Power Point Mobile e uma função de scanner de cartões de visita que permite fotografá-los e passar os contactos directamente para o telemóvel.

O telemóvel disponibiliza um sistema de mapas detalhados de Portugal, incluindo Açores e Madeira, informação actualizada sobre trânsito, 70 mil pontos de interesse turístico com conteúdos detalhados e 20 mil fotografias e informação actualizada sobre farmácias de serviço, eventos culturais, meteorologia e radares fixos.

Como factor diferenciador deste novo telemóvel, João Neto apontou o facto do comprador do telefone ter acesso a todas as facilidades de navegação sem pagar qualquer tipo de assinatura, ao contrário do que se passa com os outros produtos disponíveis no mercado.
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Tecnologia e Inovações Portuguesas Empty Instrumento português vai estudar subsolo de Marte em 2013

Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:34 pm

Em 2013, um instrumento científico português poderá estudar subsolo de Marte, integrado na missão ExoMars, da Agência Espacial Europeia (ESA), num projecto que está a ser desenvolvido há um ano e meio por um consórcio 100 por cento nacional.

O Subsurface Permittivity Probe, ou SP2, é o instrumento que vai integrar a missão europeia, com o objectivo de estudar as propriedades eléctricas do subsolo de Marte.

«Ao medir as propriedades pode indicar se há ou não há água, mesmo que seja em muito pequenas quantidades, como apenas humidade», explicou à Lusa Pedro Pina, do Instituto Superior Técnico, uma das universidades envolvidas no projecto.

O SP2, cujo projecto inicial está aprovado pela ESA, será o primeiro instrumento a estudar o subsolo de Marte, onde até agora só se explorou a superfície, num projecto orçamentado em dois milhões de euros.

A sonda ExoMars tem como objectivo o estudo do planeta Vermelho para detectar provas de vida e tem lançamento previsto para 2011 para chegar a Marte em 2013.

O investigador português Fernando Simões, que estagiou na ESA e está a trabalhar em França, apercebeu-se da oportunidade de criar um instrumento de origem lusa que integrasse a missão da Agência e lançou as bases para a formação do consórcio SP2.

Em Abril de 2006, realizaram-se as primeiras reuniões com várias empresas e universidades para conhecer os currículos e as soluções para integrar o consórcio.

Depois de analisadas as propostas, seguiu-se a escolha das Universidades e das empresas, um total de oito elementos, que hoje formam o consócio SP2.

Da ExoMars fazem parte 11 instrumentos, criados por vários países europeus, e cuja selecção foi uma competição internacional «muito forte», disse Pedro Pina.

A aprovação final do projecto SP2 é feita em Abril de 2008, estando agora este consórcio à procura de financiamento, conforme as regras da ESA.

«A aprovação da ESA é feita por etapas e está dividida em oito partes. Para qualquer instrumento integrar uma missão tem de chegar ao nível oito, nós estamos no nível quatro», afirmou Pedro Pina.

O nível cinco, que tem de ser cumprido até Abril de 2008, exige o financiamento aprovado, disse o mesmo responsável, acrescentando que até agora têm trabalhado com verbas próprias.

«Apresentámos o projecto e uma proposta bastante detalhada ao Estado português», disse Pedro Pina, explicando que é este financiamento que permitirá «dar o salto».

«O financiamento é na ordem dos dois milhões de euros, o que significa três cêntimos por português em cerca de oito anos», explicou.

A componente científica do projecto é liderada pelo Instituto Superior Técnico e conta com a participação de investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do Instituto de Telecomunicações, Pólo de Lisboa e da Edisoft.

O desenvolvimento do hardware e software, a componente técnica, é da responsabilidade da EFACEC, Critical Software, Active Space Technologies e Rotacional.

Para o país, este projecto pode ser «muito importante», disse Pedro Pina, porque permite a internacionalização das empresas portuguesas e da ciência em Portugal, em particular das ciências do espaço.

Além disso, acrescentou o mesmo responsável, permite o retorno ao país de alguns investigadores portugueses que estão no estrangeiro.

E, por fim, reforça a ligação entre a universidade e a indústria, motiva as gerações futuras para o sector, não só a nível técnico, mas também científico.
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Tecnologia e Inovações Portuguesas Empty Investigadora portuguesa descobre que os genes que diferenci

Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:35 pm

Os genes que orientam as células estaminais na descoberta da sua vocação para se transformarem em determinado órgão estão activos desde o início e não completamente desligados, como se pensava, revela um estudo da investigadora portuguesa Ana Pombo.

As células estaminais são células embrionárias muito pouco diferenciadas, que têm o potencial de se diferenciarem para dar origem a quaisquer outras células dos mais de 200 tipos que temos no nosso organismo.

"Qualquer órgão começa sempre com uma célula estaminal, que pode dar origem a uma célula do fígado ou uma célula nervosa ou do músculo, por exemplo, mas o que distingue os diferentes resultados, as diferentes células, é que elas vão ter uma 'cromatina' diferente, vão expressar os genes de maneira diferente", explicou à Agência Lusa Ana Pombo, investigadora no Imperial College London, que liderou o estudo "Ring1-mediated ubiquitination of H2A restrains poised RNA polymerase II at bivalent genes in ES cells", publicado esta semana na Nature Cell Biology.

"Cada um dos diferentes tipos de células usa o genoma de forma diferente e expressa certos tipos de genes de uma maneira muito controlada, de forma que se olharmos para uma célula do fígado, ela vai estar a fazer todos os processos que têm a ver com metabolizar, mas se olharmos para uma célula do cérebro ela vai ter outros tipos de proteínas", acrescentou.

O estudo de Ana Pombo debruçou-se sobre estes genes encarregues de iniciar a diferenciação, chamados "developmental regulator genes", e que fazem com que as células tomem estas decisões 'vocacionais' logo ao princípio.

"O que nós vimos é que estes genes estão num estado muito peculiar nas células estaminais, o que tem provavelmente a ver com o facto de eles terem de ser usados desta maneira tão importante", afirmou.

Por um lado, estes genes têm de estar silenciosos, porque assim que uma célula estaminal começa a expressar este gene de diferenciação começa a diferenciar-se e deixa de ser estaminal.

"Mas, por outro lado, têm que poder activar-se muito facilmente", salienta Ana Pombo.

"É como deixar a televisão em stand-by", exemplifica.

"É só carregar no botão e ele avança", explica, salientando que, antes deste trabalho, a comunidade científica pensava que estes genes estavam, inicialmente, completamente inactivos, "como se a televisão estivesse desligada na ficha ou mesmo dentro da caixa".

"O que nós vimos é que eles estão muito prontos para serem expressados, é só mesmo ligar, mas é claro que o processo é complexo e não se trata só de um botão, mas de um comando com muitos botões", refere.

Quando determinado 'desenvolvimental regulated genes' começa a ser expresso numa determinada célula estaminal, "ela pensa, por exemplo, que tem de se transformar em músculo ou, se ele está desligado, a célula começa a pensar que vai dar origem a uma célula nervosa".

"Se fizermos um diagrama começamos com as células estaminais e depois fazemos setinhas que vão dar a outras células que se chamam 'progenitor', que já enveredaram por um caminho, mas ainda não se decidiram. Estas vão depois dar a outras células já mais diferenciadas e depois do crescimento do embrião vamos então ter células que já estão completamente diferenciadas", sintetizou.

"A partir do momento em que isto acontece já não se pode voltar atrás, pelo menos naturalmente", salienta a investigadora.

Daí a importância de estudar estes genes, visto que controlam as primeiras etapas da diferenciação.

A equipa pretende agora descodificar este processo de diferenciação.

"Nós não sabemos exactamente como é que isto se estabelece. O que descobrimos é que a enzima que transcreve a informação destes genes está numa configuração muito estranha, como se, voltando à analogia anterior, o tal comando tivesse botões com uma forma que não conhecemos", afirmou.

"O que vamos tentar compreender é como é que estes genes adquirem esta configuração, como é que se activam, como é que funcionam e isto vai-nos ajudar a entender como é que podemos controlar os processos de diferenciação para fazer terapias celulares ou partir de células adultas para criar células estaminais, à semelhança dos actuais métodos das técnicas de clonagem, que têm obtido resultados pouco eficientes", salienta.

"Não sabemos se vamos chegar a melhorar esta eficiência, mas o nosso trabalho actualmente é nesta área: procurar entender melhor no futuro como é que a cromatina e a regulação destes genes funciona", conclui.
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Tecnologia e Inovações Portuguesas Empty CTT lançam primeiro selo de cortiça do mundo

Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:35 pm

Os CTT lançaram hoje o primeiro selo de cortiça do mundo na Assembleia da República, numa edição única de 230 mil exemplares que está «praticamente esgotada».

«É um selo muito bonito, que homenageia em simultâneo quer a cortiça quer o sobreiro e o papel que o montado tem representado para fins ambientais em Portugal», destacou o presidente dos CTT, Luís Nazaré, no final da cerimónia de lançamento.

O selo, com a imagem de um sobreiro, tem o valor facial de um euro, e o presidente dos CTT assegura que a edição de 230.000 exemplares «está praticamente esgotada», estando afastada a possibilidade de uma segunda edição.

«Nunca fazemos segundas edições, é por isso que a filatelia portuguesa é tão considerada», explicou.

O presidente dos CTT sublinhou que, sendo uma estreia a nível mundial, não foi fácil produzir este selo de cortiça, em que cada exemplar é uma peça única.

«Tivemos de encontrar um material especialmente fino, que aguentasse a impressão, não se degradasse rapidamente e que pudesse ter no verso uma fita auto-adesiva», explicou, recusando contudo revelar o custo final da produção deste selo.

Na cerimónia de lançamento estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o ministro da Agricultura, Jaim Silva, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.
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Tecnologia e Inovações Portuguesas Empty Universidade de Évora e empresa criam protótipo para aumenta

Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:36 pm

A Universidade de Évora e uma empresa de energias renováveis criaram um protótipo que automatiza a orientação dos painéis fotovoltaicos e maximiza a captação da radiação solar, obtendo mais 20 por cento de rendimento energético.

João Figueiredo, um dos inventores do protótipo, inovador na tecnologia utilizada, explicou hoje à agência Lusa que o equipamento obteve este mês a patente, emitida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

"O pedido foi feito a 10 de Maio deste ano e a patente foi atribuída há cerca de duas semanas", afirmou, referindo que o processo foi desencadeado pela Universidade de Évora e pela empresa Lobo Solar, Energias Renováveis, também sedeada em Évora.

Segundo João Figueiredo, docente e director do Centro de Engenharia Mecatrónica da academia alentejana, este equipamento segue a incidência dos raios solares e transmite essa informação aos painéis fotovoltaicos de uma central, para automaticamente os orientar para o local correcto e optimizar o seu rendimento.

Em termos nacionais e mundiais, explicou, já existem outros equipamentos industriais, utilizados nas centrais fotovoltaicas, que fazem este seguimento da incidência solar, mas com diferentes tecnologias da aplicada neste protótipo.

"Recorrem, por exemplo, a prismas para medir os raios solares, mas a vantagem do protótipo que desenvolvemos é que faz uma medição directa, não indirecta como aqueles", disse.

A invenção da Universidade de Évora e da Lobo Solar utiliza uma pequena célula fotovoltaica, motorizada em dois eixos, que mede a radiação directa, "com a mesma grandeza da potência eléctrica que os painéis estão a fornecer".

Os primeiros parques solares, lembrou, "não eram motorizados", tendo depois evoluído para uma motorização assente num eixo, ou seja, os painéis automaticamente alteram a sua posição consoante o sentido nascente/poente do Sol.

"Só que o Sol nem sempre está na mesma posição, quer estejamos no Inverno, em que está mais baixo, quer no Verão, em que está mais alto", realçou, referindo que nessas centrais solares, para considerar esse eixo, a orientação dos painéis "tem que ser alterada manualmente".

Nos parques solares mais recentes, os dois eixos já são completamente automatizados, com as tais tecnologias semelhantes às do protótipo desenvolvido em Évora, embora só este faça a medição directa dos raios solares.

"É uma vantagem o sensor ter a mesma tecnologia do sistema de produção de electricidade e foi a hipótese que aplicámos para resolver o problema da orientação cega, pré-programada, dos painéis fotovoltaicos", reafirmou.

Com o aumento do preço do petróleo, que faz com que os investimentos sejam "amortizados mais cedo", e a energia cada vez mais cara, tecnologias como esta, que garantem "um acréscimo de 20 por cento do rendimento energético", são "importantes" para as empresas que apostam na energia solar fotovoltaica.

O protótipo concebido pela Universidade de Évora e pela empresa destina-se a instalações industriais, mais do que a unidades domésticas, onde preferencialmente está instalada energia solar térmica, para aquecimento da água.

"Este equipamento até é barato. O que fica mais dispendioso é a motorização que é necessária de todos os painéis da central. Mas o rendimento superior compensa", afiançou.

Agora, com este Sistema Automático de Orientação de Painéis Fotovoltaicos patenteado para Portugal, quem pretenda aplicar esta tecnologia no país tem que a adquirir aos titulares da patente.

"Essa avaliação sobre se este sistema é ou não vantajoso depende das empresas", disse João Figueiredo, adiantando que, consoante a aceitação comercial do produto, a Universidade de Évora e a Lobo Solar irão equacionar se adquirem a patente internacional do protótipo.
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Tecnologia e Inovações Portuguesas Empty Portugueses envolvidos na descoberta de semicondutor inovado

Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:39 pm

Uma equipa internacional de físicos, que integra investigadores portugueses das universidades do Porto e do Minho, anunciou a descoberta de um semicondutor com características inovadoras, que abre novas possibilidades de aplicação na área da electrónica.

«Até agora, para variar a gama de energia era preciso actuar na estrutura química do semicondutor, basicamente construindo um novo, mas este novo semicondutor permite fazer essa variação mudando apenas a tensão eléctrica, rodando um botão no laboratório», afirmou hoje João Lopes dos Santos, da Universidade do Porto, em declarações à Lusa.

Este investigador do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto integra a equipa de teóricos que colaborou na modelização do novo semicondutor.

A equipa inclui também Eduardo Castro, do mesmo departamento, e Nuno Peres, da Universidade do Minho, considerado um dos teóricos mais destacados a nível mundial na área do grafeno, um material descoberto há cerca de três anos que é utilizado no novo semicondutor.

«Na modelização da interpretação dos dados dos resultados experimentais deste novo material foram utilizados os nossos modelos teóricos«, salientou João Lopes dos Santos.

O investigador salientou a importância da descoberta agora anunciada, recordando que »toda a indústria electrónica é baseada em semicondutores«.

«Esta descoberta abre novas possibilidades de aplicação, mas tudo ainda depende do que se conseguir fazer em termos práticos, porque, neste momento, apenas existem demonstrações de laboratório», acrescentou.

João Lopes dos Santos assinalou ainda o facto de se estar perante «um campo de pesquisa baseado num material novo (grafeno)».

O docente frisou que o investigador português Nuno Peres «é um dos mais destacados especialistas mundiais» neste material.

O novo semicondutor foi concebido a partir da sobreposição de duas camadas de grafeno, material que se admite que possa vir a substituir o silício na composição dos semicondutores aplicados em dispositivos electrónicos.

Este inovador semicondutor foi preparado no Laboratório de André Geim, na Universidade de Manchester, Inglaterra, onde também tinha sido descoberto o grafeno, em 2004.
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Tecnologia e Inovações Portuguesas Empty Zoomarine testa sistema pioneiro que usa algas para renovar

Mensagem  FearLess Sáb Jan 05, 2008 12:39 pm

O parque Zoomarine está a testar um sistema pioneiro que usa algas para reciclar a água salgada dos aquários com animais marinhos, um projecto realizado em parceria com o Centro de Ciências do Mar do Algarve.

A técnica está por enquanto apenas a ser utilizada no tanque dos tubarões, mas o objectivo é estendê-la a todo o parque e exportar a ideia para outras estruturas do género, revelou à Lusa o director de Ciência e Educação do Zoomarine, Élio Vicente.

Além de evitar o desperdício de água e reduzir as despesas de transporte de água bombeada do mar, as algas que a filtram podem também servir de alimento ao manatim (mamífero aquático) e de fertilizante para os jardins.

Em vez de ser devolvida ao meio ambiente, a água é reciclada com a ajuda das algas e reutilizada, através do projecto-piloto que já tinha sido usado em aquacultura mas nunca aplicado a parques.

O arranque do projecto "Filtralgae" representou um investimento de 100 mil euros e resulta de uma parceria entre o Zoomarine, o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) e a Agência de Inovação.

A despesa mensal de transporte de água salgada para o tanque dos tubarões é de cerca de 500 euros, gasto que poderá desaparecer quando o sistema for implementado a 100 por cento, segundo Leonardo Mata, investigador do CCMAR.

Por mês, é possível renovar cerca de 50 metros cúbicos de água através das alfaces-do-mar - algas que estão a ser usadas neste momento embora haja outras com a mesma aplicação -, de acordo com Pedro Barroso, técnico do parque.

O objectivo é que no futuro todas as massas de água do Zoomarine - só o Delfinário (onde estão os golfinhos) tem 3,5 milhões de litros de água -, sejam parcial ou totalmente filtradas por algas.

"É uma técnica natural, que usa pouca energia e permite não estragar água", resume Élio Vicente, que realça ainda o facto do sistema servir como exemplo de boas práticas ambientais.
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