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Mensagem  FearLess Dom Jan 06, 2008 8:42 am

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Turismo Empty Roteiro em Castro de Laboreiro

Mensagem  alexandre Dom Jan 06, 2008 9:33 am

HISTÓRIA
Castro Laboreiro é uma freguesia pertencente ao concelho de Melgaço e uma das mais procuradas pelos visitantes devido ao facto de ter um tipicismo singular. Abrange uma superfície de 89,29 km2 e tem uma população de aproximadamente 2000 pessoas. O seu nome deriva de «Castrum» - povoação fortificada pelo povo castrejo, fixando-se em outeiros vivendo em comunidade, defendendo-se das tribos invasoras; «Laboreiro» vem da palavra latina «Lepporeiro».

O Pe. Aníbal Rodrigues, num estudo sobre os dólmenes de Castro Laboreiro, a que não faltam apontamentos poéticos, descreve Castro Laboreiro assim: "Constitui uma região de extraordinária beleza, onde os seus vales amenos, os planaltos extensos e a serra agreste se harmonizam maravilhosamente, dando à paisagem cambiantes de rara grandeza. Banhada pelas águas cristalinas do rio Laboreiro e embalada pelas maviosas canções da sua rápida corrente, é uma região bela, cheia de microclimas, desde a terra fria que produz apenas batata, centeio e pastagens, até à parte quente e ribeirinha, em que se cultiva toda a espécie de cereais, fruta e vinhos."
Tem mais de 40 lugares, distribuídos pelas brandas e pelas inverneiras — que são os lugares mais altos ou os mais baixos, onde o povo se resguarda do frio intenso dos agrestes invernos ou do calor trazido pelos estios desabridos.
As brandas, nos lugares mais altos, são mais agradáveis e produtivas na época do calor, servindo aos animais também melhores oportunidades de alimentação — é assim uma espécie de casa comum de veraneio da população e gados da freguesia e de visitantes vindos de fora. Aqui os principais lugares são: Vila, Várzea Travessa, Picotim, Vido, Portelinha, Coriscadas, Falagueiras, Queima-delo, Outeiro, Adofreire, Antões, Rodeiro, Portela, Formarigo, Teso, Campelo, Curral do Gonçalo, Eiras, Padresouro, Seara e Portos.
As inverneiras, nas zonas mais baixas, servem de refúgio ao frio e estão localizadas nos vales da freguesia. Os seus lugares: Bico, Cailheira, Curveira, Bago de Cima e Bago de Baixo, Ameijoeira, Laceiras, Ramisqueira, João Alvo, Barreiro, Acuceira, Podre, Alagoa, Dorna, Entalada, Pontes, Mareco, Ribeiro de Cima e Ribeiro de Baixo.
É um ciclo que se repete há milhares de anos neste planalto elevado a uns mil metros acima do nível do mar. Daqui se estabelece um longa linha de horizontes com a vizinha Espanha (para onde se poderá seguir pela estrada da Ameijoeira).
O rio Laboreiro ajuda também à composição de todo um conjunto de extraordinária beleza, serpenteando serra abaixo, até se juntar ao rio Lima. Ligando as suas margens, permanecem as pontes que as várias civilizações que por aqui passaram foram construindo ao longo dos tempos. São, segundo o citado trabalho do Pe. Aníbal Rodrigues, "pontes romanas e românicas, da época da ocupação romana: a da Cava da Velha (monumento nacional); e românicas, do século XII, como a de Dorna, da Assoreira ou da Capela, de Varziela, das Cainheiras, da Vila, do Rodeiro, das Veigas e dos Portos (estilo celta)."
De facto, a ocupação humana de Castro Laboreiro é comprovável até ao longo passado de quatro ou cinco mil anos. Nesta região desenvolveram-se sucessivamente duas grande culturas que atingiram um grau elevado de civilização: a cultura dolménica e a cultura castreja. Aqui pode encontrar-se, ainda hoje, mais de um centena de antas ou dólmenes (será talvez a maior concentração peninsular de dólmenes pré-históricos); alguns menires; a Cremadoura, a poente da Vila, onde se incineravam os cadáveres para serem recolhidas as cinzas em vasilhames de barro (no Mesolítico); doze castros, de há dois mil e quinhentos anos; pinturas e gravuras rupestres.
O Castelo de Castro Laboreiro, diz o povo ter sido obra dos mouros. Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e Moderno", afirma mais certo ser atribuível aos romanos. O Pe. Aníbal Rodrigues coloca-o, porém, no ano de 955, fundado por S. Rosendo, governador do Val del Limia, desde Maio desse ano, por nomeação de D. Ordonho III, rei de Leão. D. Afonso Henriques rodeou-o de muralhas e, nos princípios do século XIV, quando caiu um raio no paiol de pólvora, que fez todo o polígono ir pelos ares, D. Dinis ordenou a sua reedificação.
Castro Laboreiro foi vila e sede de concelho desde 1271 até 1855. Teve tribunal, paços do concelho e cadeia, bem como alcaide e governador do castelo. Recebeu foral, em Lisboa, a 20 de Novembro de 1513, conferindo-lhe o nome de Castro Laboreiro. Tinha foral velho, dado por D. Afonso III, em Lisboa, a 15 de Janeiro de 1271, que a elevava a vila, dando-lhe simplesmente o nome de Laboreiro. Um dos seus privilégios, concedido por vários reis e confirmado por D. João V, era o de não se recrutarem aqui soldados.
Esclarece, no entanto, o Pe. Aníbal Rodrigues: "Pertença do condado de Barcelos até 1834, comenda da Ordem e Cristo desde 1319, Castro Laboreiro ocupou um papel de grande relevo, quer na independência da Pátria quer na Guerra da Restauração, desde 1640 a 1707. Defendida pelo seu inexpugnável castelo, manteve-se sempre fiel ao ideário pátrio, sem nunca se vender ao estrangeiro. Desde 1136, data em que D. Afonso Henriques visitou Castro Laboreiro, até ao presente, o povo castrejo conservou-se sempre coerente consigo mesmo e de um portuguesismo a toda a prova."
Era da casa de Bragança, que apresentava o reitor (que tinha de rendimento anual seiscentos mil réis, e o seu coadjutor vinte alqueires de centeio e dez mil réis, tudo pago pela comenda). A igreja foi primitivamente vigairaria da matriz de Ponte de Lima, depois abadia do bispo de Tui, que D. João Fernandes de Sotto Maior trocou, em 1308, com o rei D. Dinis.
No campo da monumentalidade construída, merecem finalmente destaque o pelourinho, de 1560, que é monumento nacional, e a igreja matriz, imóvel de interesse público, que foi construída primitivamente no século XII, em estilo românico. O coro, a torre e a capela-mor datam de 1775 e ostentam o estilo joanino ou de D. Maria Pia.
Possui uma magnífica pia baptismal, do século XII, e preciosas imagens, que abrangem um largo período que vem desde o século XIV até ao século XVII.
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Pontos a Visitar:


A Ponte da Varziela é uma construção medieval com duas aduelas perfeitamente iguais. Esta ponte veio substituir, na Idade Média, uma ponte Romana. As suas margens estão ligadas por vias romanas em curva, sendo uma das características das pontes romanas. Junto à ponte e na margem direita da mesma, existe um «nicho» construído em granito da região, denominado por «As Alminhas de Varziela».
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A Ponte das Cainheiras, edificada sobre o Rio Cainheiras e constituída por dois pequenos arcos de volta inteira, constitui um belo exemplar das pontes romanas do império, com as aduelas de tamanho regular e com um «talha mar» apenas a montante. A sua entrada e saída são em curva. Encontra-se implantada num sítio ameno, cheio de verdura e encanto, cercada por lindos campos de feno e centeio que comunicava com dois povos castrejos (Por de Castro e Curral Velho).
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A Ponte Velha é uma construção romana e possui um arco de volta inteira. As aduelas são muito regulares e perfeitas. No entanto, os maciços que constituem o tabuleiro são bastantes irregulares, pelo que se pode presumir que tenham caído durante uma possível cheia e tenham sido reconstruídos em plena Idade Média ou Contemporânea. A jusante desta ponte existem inúmeras caldeiras, abertas pela água em duro granito durante muitos anos.
A Ponte do Rudeiro é uma ponte de considerável grandeza, de um só arco de meio ponto, com os dois acessos em curva e as aduelas bem trabalhadas. O tímpano entre a parte superior do arco e o tabuleiro são de pedra irregular e sem arte. Enquadrada num vale apertado, mas cheio de verdura, é um belo local de descanso e silêncio, quebrado apenas pelo coaxar das rãs e o murmúrio das águas, que deslizam vagarosamente entre as pedras do rio.
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A Ponte das Veigas, construída sobre o Rio do Porto Seco, tem um só arco de meio ponto. Esta ponte ligava a principal via romana e, mais tarde, o único caminho municipal de Castro Laboreiro a Melgaço. Possui características de uma ponte medieval. Os mais antigos dizem que era sobre esta ponte que se realizavam os baptizados das crianças ainda dentro do ventre da mãe, para que não morressem ao nascer. A primeira pessoa que passasse na ponte nesse momento, teria a responsabilidade de consagrar o acto.
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Ponte Celta dos Portos, construída sobre o Rio Portos, num local aprazível, tem cinco olha. O seu tabuleiro é sustentado por asnas e sofreu várias reconstruções ao longo dos tempos. Inicialmente, era guarnecido por uma cornija muito trabalhada, anexando-se um «papo de rola». A sua construção reverte-nos para o estilo que os castrejos empregaram na construção dos seus fornos crematórios

Existe uma mancha megalítica que se encontra dispersa por uma área superior a 50 km2, pontuando a despida vastidão planáltica da parte nordeste da freguesia de Castro Laboreiro, a uma altitude superior a 1100 m. Nesta mancha existem cerca de uma centena de monumentos megalíticos. O percurso é feito do seguinte modo: Castro Laboreiro - Rodeiro-Alto da Portela de Pau - Pedra Mourisca - Alto dos Cepos Alvos - Portos –Varziela - Castro Laboreiro. É feito em viatura todo-o-terreno ou a pé, durante cerca de 6 horas.
São vários os moinhos que se integram nesta localidade. Têm a função de converter os cereais (nomeadamente o centeio e o milho) em farinha. Este produto final iria servir para fazer as bem conhecidas Broas de centeio ou milho. O milho, além de servir para fazer as broas, também era
usado para fazer uma outra especialidade da zona, a Sopa de Farinha.


Os espigueiros são constituídos por uma câmara estreita com paredes aprumadas de fendas verticais para arejamento. Assentam numa base de pés simples rematados por cornijas ou capiteis salientes, de forma a impedir o acesso dos roedores. O soalho é constituído por um lastro de pedra com lajes longitudinais. No topo frontal do lintel da porta, existe uma cruz. Destinam-se à recolha de cereais dos proprietários.
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Em Castro Laboreiro existem 44 aglomerados populacionais, que se dividem em brandas, inverneiras e lugares fixos. As brandas localizam-se nas franjas do planalto situado a norte, entre 1100 e 1150 metros de altitude. Ao longo do curso médio das linhas de água, encontram-se os lugares fixos, entre os 950 e 1050m. Mais abaixo, na base dos vales, em áreas muito irregulares e de difícil acesso, encontram-se as inverneiras, entre 700 e 800m de altitude.

Percurso Pedestre:


Sector Lamas de Mouro – Soajo

Local de partida Centro de Interpretação de Lamas de Mouro

Local de chegada Soajo


Duração média do percurso 8 horas


Distância total 30 km


Grau de dificuldade Elevado


Notas Dada a extensão e dificuldade deste trilho, poderá ter necessidade de pernoitar durante o percurso. Pode contar com o Parque de Campismo de Lamas de Mouro e de Travanca (Mezio) e com as casas abrigo de Bico de Pássaro, Baleiral, Adrão e Murça. No Soajo existem pensões e casas de turismo de habitação.

Restaurantes Castro Laboreiro:


Neste lugar podemos nos maravilhar com a fantástica gastronomia aqui vos deixo alguns restaurantes típicos da região.



Restaurante Albergaria Boavista
Endereço Peso - Paderne
Telefone 251 416 464
Internet geral@albergariaboavista.com
www.albergariaboavista.com

Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 150 Sim Sim Não
Restaurante Big - Bem
Endereço Sto. Cristo
Telefone 251 404 551
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
- 1 42 Sim Não 0

Restaurante Casa Dores
Endereço Rua Velha
Telefone 251 402 529
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 34 Não Não 0

Restaurante Cinema
Endereço Rua da Calçada
Telefone 251 403 918
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 36 Não Sim 1


Restaurante Mini-Zip
Endereço Largo da Misericórdia
Telefone 251 402 668





Restaurante Inês Negra
Endereço Lg. Hermenegildo Solheiro
Telefone 251 404 835
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 100 Sim Sim 0

Restaurante Lanterna
Endereço Rua Dr. Afonso Costa
Telefone 251 402 602
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
- 3 36, 40, 70 Não Não 1

Restaurante Cantinho do Adro
Endereço Rua Direita
Telefone 251 404 904
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 30 Não Não 0

Restaurante Churrasqueira Ponto de Encontro
Endereço Rua Rio do Porto
Telefone 251 404 341
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
- 1 60 Não Não 0

Restaurante O Minhoto
Endereço Rua José Candido Gomes Abreu
Telefone 251 404 878
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 52 Não Sim 0



Restaurante Pizzaria Chafarix
Endereço Pç. Amadeu Abílio Lopes
Telefone
Internet 251 404 926
www.chafarix.com restaurante@chafarix.pt


Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
IT 1 35 Não Sim 0


Restaurante Adega Regional Sabino
Endereço Lg. Hermenegildo Solheiro
Telefone 251 404 576


Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 20 Não Sim 0



Restaurante Adérito
Endereço Rouças
Telefone 251 404 412
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 70 Sim Sim 1

Restaurante Miradoiro
Endereço Rouças
Telefone 251 401 940
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 1 300 Sim Sim 1

Restaurante Jardim
Endereço Penso
Telefone 251 416 303
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG, ESP 3 15, 30, 30 Não Não 0

Restaurante Vidoeiro
Endereço Lugar do Porto Ribeiro - Lamas de Mouro
Telefone 251 465 566
Cozinha Salas Capacidade Parque A.C. Catering
REG 2 40, 60 Sim Não 0


aqui esta um pequeno roteiro para um fim de semana em castro de laboreiro
comentem
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